quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Viagem 2011(6) Ilhéus/BA a Pelotas/RS

08/08: Como o dia estava lindo fomos dar a última caminhada na praia e nos despedir do mar e seguimos para Itabuna/BA onde pernoitamos. No dia seguinte seguimos viagem passando por Ibicaraí (estrada entre Itabuna – Ibicaraí é péssima mas a seguir é muito  boa). Continuando passamos por Santa Cruz da Vitória, Firmino Alves, Itororó (cidadizinha bem legal), Itapetinga e pernoitamos num posto 24 horas em Itambé/Ba.

10/08: Levantamos acampamento e seguimos para Vitória da Conquista e a seguir Brumado onde pernoitamos. A serra entre Vitória da Conquista e Burmado é linda, paramos para fotografá-la.

307 Serra entre Vitória da Conquista e Brumado_BA 308 Serra entre Vitória da Conquista e Brumado_BA

309 Serra entre Vitória da Conquista e Brumado_BA 306 Serra entre Vitória da Conquista e Brumado_BA

11/08: Seguindo viagem passamos por Caetité e pernoitamos em Igaporã (estrada entre Brumado – Caetité é estreita, não tem acostamento e o asfalto irregular, resumindo a estrada é ruím). No dia seguinte seguimos para Bom Jesus da Lapa. O Santuário incrustado numa caverna de uma montanha, isolada no meio da cidade, com pedras pontiagudas foi uma das paisagens mais lindas e diferentes que já vimos.

316 Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA 317 Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA

O interior da caverna tens várias estalactites, uma mais estranha e maravilhosa do que a outra.

313 Estalactites, Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA 314 Estalactites, Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA

Para a instalação do Santuário, a interferência humana no interior da caverna foi mínima.

311 Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA 312 Santuário de Bom Jesus da Lapa_BA

O Santuário é belíssimo, mas infelizmente a infra estrutura da cidade é precária para receber os milhares de romeiros que por ali passam.

13/08: Partimos de Bom Jesus da Lapa direto a Correntina/BA, que bela surpresa a cidade é limpa e bonita. Tem duas praias fluviais maravilhosas: Ranchão e Sete Ilhas. Almoçamos em Sete Ilhas. Esta praia é composta por 7 pequenas ilhas, interligadas por passarelas.

 319 Praia 7 Ilhas, Correntina_BA320 Praia 7 Ilhas, Correntina_BA

321 Praia 7 Ilhas, Correntina_BA 326 Praia 7 Ilhas, Correntina_BA

No dia seguinte fomos almoçar na praia do Ranchão. Esta se localiza no interior da cidade, pois o rio, o mesmo da praia 7 Ilhas, atravessa a cidade. Sua orla é cheia de bares que oferecem mesas postas dentro do rio.

328 Maria Clara na Praia do Ranchão, Correntina_BA

Gostamos tanto da cidade e das praias que ficamos dois dias em Correntina. Pernoitamos num posto de 24 horas  5 estrelas, de propriedade do Gilmar, jovem empresário muito simpático, que nos disse que poderíamos ficar o tempo que desejássemos.

15/08: Levantamos, tomamos café, agradecemos a acolhida que tivemos no posto e nos mandamos para a estrada. Rodamos mais de 400 kms e pernoitamos no posto JK a 60 kms de Formosa/GO. A Serra Geral de Correntina até o posto é árida mas bonita. Paramos para fotografá-la e também de uma lavoura de algodão.

330 Serra Geral entre Correntina_BA e Formosa_GO 329 Plantação de Algodão entre Correntina_BA e Formosa_GO

Nesta região o Cerrado além de árido é deserto, só fomos avistar a primeira casa depois de termos rodado 81 kms.

16/08: Chegamos no Sítio Itaeta, de nossos irmãos Nando e Cleusa, em Santo Antônio do Descoberto/GO por volta das 13 horas. No sítio permanecemos por 6 dias.

333 Nando & Cia, Sítio Itaeta 334 Nando, Maria Clara & Cia, Sítio Itaeta

22/08: Saímos do Nando as 08:30hs e só fomos parar as 18:30hs em Rio Verde/GO. Neste dia rodamos 470kms. Rio Verde é uma cidade rica, tem um enorme polo agroindustrial. No dia seguinte pé na estrada novamente, passamos por Mineiros/GO e fomos pernoitar num posto 24 horas em Santa Rita do Araguaia/GO. Neste posto conhecemos um casal catarinense (Dick e Fernanda).

24/08: Saímos cedo de Santa Rita do Araguaia e pegamos a estrada errada, estávamos indo para Rondonópolis/MT. Na PRF paramos para nos informar e o policial disse que estávamos errados. Retornamos 45 kms, de Alto Araguaia/MT seguimos para Alto Taquari/MT e a seguir Coxim/MS. De Alto Taquari/MT a Coxim/MS pegamos um trecho da estrada que era pura areia e buracos (uns 30kms), foi a pior estrada que já andamos, não sabemos como conseguimos chegar em Alcinópolis/MS. Desta cidade até Coxim/MS foi tranquilo a estrada era boa. Em Coxim pernoitamos no posto 24 horas Fortaleza, o gerente Sr. Edson nos recebeu com muita cordialidade.

25/08: De Coxim fomos para Rio Verde de Mato Grosso/MS. Fomos ao Banco do Brasil, ao Super abastecer a dispensa e seguimos para a Pousada Camping Sete Quedas do Didi. O local é maravihoso (flora e fauna) ficamos cercados pela mata nativa e uma diversidade de pássaros (arara, tucano, seriema, mutum, pássaro preto e muitos outros).

335 Camping praia 7 Quedas, Rio Verde de MT_MS 336 Camping praia 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

343 Casal de Mutum 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS 344 Pássaro Preto 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

345 Casal de Seriema 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

As cachoeiras são maravilhosas e a água cristalina se enxerga facilmente o fundo do rio, mesmo em locais mais profundos.

339 Camping praia 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS 340 Camping praia 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

342 Camping praia 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS 346 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

347 Maria Clara 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS 348 Victor Hugo 7 Quedas do Didi, Rio Verde de MT_MS

29/08: Seguimos viagem e fomos parar no Complexo Rafa, em Bandeirantes/MS, onde almoçamos e trocamos o óleo da Safari. Depois estrada novamente, passamos por Campo Grande/MS e fomos pernoitar em Sidrolândia/MS. Neste percurso grandes lavouras de milho e algodão. No dia seguinte, pé na estrada passando por Nioquê/MS e finalmente chegamos em Bonito. Entre Sidrolândia e Nioquê muito milho e cana. De Nioquê a Bonito muda totalmente a paisagem é só gado, inclusive passamos por uma boiada na estrada.

Sobre Bonito, podemos dizer que é bonito mesmo. Ficamos na Pousada Camping Peralta. A infra estrutura para motorhome é excelente, com água, luz e esgoto para cada MH. Além da infra estrutura ótima, o antendimento do sr. Peralta e seu filho Jean aos campistas é de muita cordialidade. Nós estacionamos ao lado de um quiosque com pia e churrasqueira.

350 Maria Clara na Pousada do Peralta, Bonito_MS 352 Victor Hugo na Pousada do Peralta, Bonito_MS

O Balneário Municipal, além de muito bonito, é repleto de quiosques com churrasqueiras além de 3 restaurantes excelentes. A água do rio devido a quantidade de calcário ainda é mais cristalina que a água das Sete Quedas. Toma-se banho com os peixes a volta (pintado, dourado, piraputunga, curimbatá e outros).

353 Maria Clara no Balneário Municipal, Bonito_RS 354 Victor Hugo no Balneário Municipal, Bonito_RS

355 Balneário Municipal, Bonito_RS 356 Balneário Municipal, Bonito_RS

A mata do Balneário tem muitos macacos prego, muitos pegam comida nas mãos dos turistas.

359 Balneário Municipal, Bonito_RS 360 Balneário Municipal, Bonito_RS

Na cidade visitamos o projeto gibóia, a fábrica de cachaça e  restaurante Taboa. No projeto gibóia o Henrique, proprietário do projeto, está sempre com uma gibóia no pescoço. Na sua palestra ele explica a importância das cobras para o meio ambiente e pede para os assistentes ajudá-lo a desmistificar a serpente como um ser maligno. No final da palestra, todos sem excessão, tiram fotografias com a gibóia em volta do pescoço. Na fábrica Taboa, uma funcionária nos disse a origem do nome. Na época, só existia um bar. As pessoas chegavam e cumprimentavam a dona, você taboa? e ela teve a idéia de mudar o nome para Taboa. Depois quando  ela começou a fabricação de cachaça, descobriu que a palha que ela usa para cobrir, artesanalmente, as garrafas chama-se Taboa. A funcionária também nos mostrou as ervas (canteiros) que a fábrica usa para dar sabores diferentes à cachaça. Destas visitas infelizmente não temos fotografias, mas quem for a Bonito não pode deixar de ir a esses lugares. Mas o passeio mais fascinante é a flutuação na Barra do Sucuri. De canoa sobe-se o rio Sucuri 1.300 metros e depois com roupas de mergulho e óculos especiais desse-se o rio flutuando e observando a flora submersa e os peixes nadando sem se importarem com a presença das pessoas. O peixe que mais encantou-me foi o dourado, na flutuação passou ao meu lado dois dourados com cerca de 10 kgs, simplesmente maravilhosos. Enfim, foi uma das experiências mais gostosa de minha vida, é difícil explicar o que se sente no momento.

03/09: Nos despedimos do Peralta e do Jean e seguimos viagem, passando por Guia Lopes, Maracajú, Dourados e pernoitamos em Caarapó/MS, observamos que nesta região planta-se muito milho. No dia segunte  saímos de Caarapó e paramos  em Mundo Novo (fronteira com Paraná) para almoçar. Depois tocamos até Cascavel/PR onde estacionamos em um posto 24 horas e pernoitamos.

05/09: Saímos de Cascavel e passamos por Santa Tereza do Oeste/PR, Barracão (última cidade do Paraná), São Miguel do Oeste/SC e Descanso/SC onde pernoitamos. De Santa Tereza do Oeste a Barracão foi o trecho de estrada péssima mais longo que passamos nesta viagem, depois de Barracão a estrada melhorou. No outro dia, seguindo viagem passamos por Santa Elena/SC, Mondaí/SC (última cidade de Santa Catarina), Iraí/RS, Frederico Westphalen/RS, São Pedro das Missões/RS, Condor/RS e Panambi/RS onde pernoitamos.

07/09: ÚLTIMO DIA DA VIAGEM. Saímos de Panambi/RS as 08:30hs e só paramos para almoçar e a seguir pé na estrada, pois a vontade de chegar em nossa era grande. Chegamos as 17:30hs. Foi uma viagem fantástica, tenho que agradecer a Deus por esta experência, principalmente pelo companherismo, em todos os momentos e situações, da mulher de minha vida, Maria Clara (para mim Negrinha). Rodamos 9.400 kms e a Safari “GP na estrada” se mostrou valente sem dar nenhum problema mecânico em toda viagem.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Viagem 2011(5) Porto Seguro/BA a Ilhéus/BA

Coroa Vermelha: As estatuetas dos índios são feitas de cimento e em tamanho natural.

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Cabrália: O Centro histórico está mal conservado mas a visão do mar é espetacular.

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Dia 27/07, véspera da nossa saída do Mundaí, teve a festa de aniversário da Aline, esposa do Alex e mãe das gatinhas Alice, Aléxia e Ana Laura. Com essa linda família firmamos não apenas um companherismo, típico de campistas, mas uma amizade concreta que não sabemos explicar como poude ter acontecido em tão pouco tempo.

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Foi animadíssimo, pela primeira vez dançamos no camping. Toda a turma conversando e farreando. Os mais chegados quando souberam que iríamos embora no outro dia ameaçaram amarrar a Safari em uma árvore para não sairmos, ahahahah.

28/07: Levantamos cedo para sair, entretanto a saída foi demorada pois todos queriam se despedir. Foi uma experiência bem legal o mês que ficamos no camping de Mundaí, conhecemos pessoas muito bacanas. As 11:00 saímos rumo à Canavieiras/BA que depois de 270 kms chegamos à Pousada e Camping Costa Verde na Praia de Atalaia em Canavieiras. O resto do dia foi para estacionar a Safari e descansar.

281 Pousada Camping Costa Verde, Canavieiras_BA 282 Canavieiras_BA

A praia fica na Ilha de Atalaia que tem uma curiosidade, pelo menos para nós foi novidade. Por uma lado é banhada pelo Rio Pardo e pelo outro pelo mar.

283 Canavieiras_BA 284 Canavieiras_BA

Na travessia da Ilha de Atalaia para Canavieiras, tem um manguesal. Para nós também foi uma novidade, pois a não ser pela televisão ou cinema não conhecíamos.

285 Canavieiras_BA

No outro dia à tarde fomos conhecer o Centro Histórico de Canavieiras, que de histórico não tem quase nada, pois a maioria das casas foram reformadas e não restauradas e outras em processo de deterioração.

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Mas mesmo assim a cidade é bem pitoresca, pelo seu silêncio, sua tranquilidade, com poucos automóveis e muitas bicicletas. Não vimos taxi e ném transporte coletivo. Uma cidade pequena, com 35.000 habitantes mas com avenidas largas.

01/08: Foi o dia que saímos mais cedo de um camping. Eram 08:45 horas e já estávamos saíndo da Pousada Costa Verde rumo a Ilhéus/BA, onde chegamos às 11:00 horas e fomos para o Camping Sítio Itaparica (conhecido pelos campistas como Camping da Romilda) na Praia de Olivença.

288 Praia de Olivença, Camping Sítio Itaparica, Ilhéus_BA 289 Praia de Olivença, Camping Sítio Itaparica, Ilhéus_BA

Quando chegamos foi uma festa, já estavam no camping os casais (que conhecemos em Mundaí) Bira e Glaci, Luiz Fernando e Vera, depois chegaram Getúlio e Albertina, Breik e esposa e Bianck e Lu. Depois dos acampamentos montados fomos arrancar côco.

Os dias 2 e 3/08 só foi festa, caminhada na praia, muita conversa, muito chimarrão, culinária gostosa e diversificada sempre acompanhada de cervejinha e as vezes uma cachacinha. No dia 4/08 toda a turma se mandou, só ficamos nós.

05/08: Tiramos o dia para conhecer Ilhéus/BA. Conhecemos o Bar Vesúvio (novela Gabriela) muito frequentado por Jorge Amado e a Catedral.

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291 Ilhéus_BA

Quando estávamos na Catedral conhecemos o Ailton (guia turístico voluntário) e ele nos contou uma história bem interessante. No século passado (início), os coronéis tomavam seus aperitivos no Vesúvio e após entravam na Catedral e saiam pelo fundos para irem, sem serem notados, ao bordel Bataclã. Ao padre davam uma gorgeta para ele ficar calado.

Conhecemos a casa dos pais de Jorge Amado, hoje Instituto Jorge Amado, onde residiu até ir para Salvador.  Nessa casa Jorge Amado, numas férias de verão, escreveu seu primeiro romance: “O País do Carnaval”. Os pais eram muito pobres e moravam em Itabuna/BA, onde Jorge Amado nasceu, depois se mudaram para Ilhéus. Em Ilhéus o pai tirou a sorte grande (100 contos de réis  o equivalente a uma mega sena de R$35 milhões). Como ficou muito rico, comprou do Estado a patente de coronel e fez o melhor casarão da cidade. As aberturas e móveis são de madeira de Jacarandá e azulejos da Inglaterra.

294 Casa Jorge Amado Ilhéus_BA 295 Maria Clara na Casa Jorge Amado, Ilhéus_BA

Do Mirante da Vitória tem-se uma vista muito linda de Ilhéus.

297 Ilhéus_BA image

302 Ilhéus_BA, vista do mirante 296 Grafismo, Ilhéus_BA

A igreja do Instituto Nossa Senhora da Piedade é no estilo gótico e foi fundado em 1916 (ciclo da cacau) pelas Irmãs Ursulinas. O Instituto era um colégio com internato feminino, onde as estudantes, na sua maioria, eram filhas de coronéis.

305 Igreja do INSP, Ilhéus_BA 300 Igreja do Instituto N.Senhora da Piedade, Ilhéus_BA

303 Gruta do INSP, Ilhéus_BA 304 Pinturas indígenas, INSP Ilhéus_BA

No almoço conhecemos o Pedro, gaúcho de Bagé, mora na Bahia há 32 anos. Se formou na Escola Técnica de Pelotas e veio trabalhar na Telebahia. Antes de retornarmos ao camping, conhecemos a Casa do Artista. Nesta conhecemos a cordelista Gilton Silva Thomaz que nos brindou, com direito a dedicatória, sua última obra: “Satanás fugindo do Inferno”.